Casas de câmbio

 out24

As 10 casas de câmbio autorizadas a operar na RAEM registaram um lucro líquido conjunto de 37,7 milhões de patacas no exercício financeiro de 2023, interrompendo assim um ciclo de três anos consecutivos com resultados negativos, revela o relatório anual da Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Depois de terem lucrado 54,8 milhões de patacas em 2019, as casas de câmbio não resistiram ao impacto da pandemia e acumularam prejuízos totais de 72 milhões nos três anos seguintes, incluindo 31,1 milhões em 2020, 34,2 milhões em 2021 e 6,7 milhões em 2022.

Apesar do aumento dos casos de troca ilegal de moeda e da popularização dos meios de pagamento móvel, as casas de câmbio conseguiram sair do “vermelho” no ano passado graças ao crescimento da procura de serviços do sector, na sequência da “normalização” das actividades turísticas. Consequentemente, os activos totais do sector subiram 19,1% para 200 milhões de patacas face ao ano precedente, indica a AMCM.

De acordo com os mesmos dados, o volume total de negócios das casas de câmbio cresceu 244,1% em relação a 2022. Já os custos operacionais tiveram um aumento mais moderado, concretamente de 43,9%, destacou a entidade reguladora sem especificar valores.

Já os negócios nos balcões de câmbio das seis operadoras de jogo subiram 393,8% no espaço de um ano, devido ao aumento significativo do número de visitantes após a pandemia, enquanto o custo total de exploração cresceu 26,5%. Entre 2022 e 2023, o prejuízo líquido desses balcões baixou 59,5%, para 19,1 milhões de patacas.

O ano de 2023 voltou ainda a ser particularmente positivo para as três instituições financeiras especializadas em prestação de serviços relativos aos instrumentos de pagamento na RAEM, designadamente a Macau Pass, Global Pagamentos Ásia – Pacífico Macau e Uepay Macau Sociedade Anónima. O resultado de exploração do sector traduziu-se num lucro líquido de cerca de 19 milhões de patacas, um acréscimo anual de 49,8% que contrasta com a descida de 26,5% anotada entre 2021 e 2022.

A AMCM associa a melhoria dos resultados dessas empresas ao crescimento das transacções de pagamento móvel local, em linha com a generalização do uso de “Simple Pay” e o lançamento do serviço do pagamento de tarifas de autocarros públicos. Paralelamente, a subida do número de visitantes em Macau impulsionou os negócios de terminais de pagamento automático (TPA) relativos aos instrumentos emitidos no exterior do território.

Ao longo de 2023, registaram-se cerca de 300 milhões de transacções através de pagamento móvel em Macau, envolvendo 28,1 mil milhões de patacas, números que ilustram subidas anuais de 12,9% e 8,8%, respectivamente. No final de Dezembro, 102.178 aparelhos aceitavam pagamento móvel e os suportes de “QR Code” na RAEM.

Além de 33 bancos, 27 seguradoras e da Caixa Económica Postal, Macau contava ainda no final de 2023 com 38 outras instituições financeiras, mais duas do que em 2022, sendo uma delas uma sociedade de locação financeira e a outra da área de negociação de títulos. Segundo a AMCM, as cinco sociedades de locação financeira tiveram um lucro líquido de 14,6 milhões e o total dos seus activos aumentou 140,3% para 1,6 mil milhões.

https://jtm.com.mo/local/casas-de-cambio-sairam-vermelho-lucros-de-38-milhoes-em-2023/

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